A
revista Veja viveu, neste fim de semana, um dilema de Sofia: agir de
acordo com os instintos mais primitivos de seus editores e bater duro na
presidente Dilma Rousseff, em razão do caso Pasadena, ou seguir a razão
e adotar uma postura mais cautelosa. Prevaleceu a segunda opção. O
motivo é um só: Fabio Barbosa. Assim como a presidente Dilma, o atual
chefe da Editora Abril, que edita Veja, também foi integrante do
conselho de administração da Petrobras na época em que se aprovou a
compra da refinaria de Pasadena, no Texas.
Barbosa,
que era presidente do Santander, votou a favor da operação, como todos
os demais conselheiros. Entre eles, nomes de peso no setor privado, como
Jorge Gerdau e Claudio Haddad.
Talvez
por isso, a capa da revista informe que a presidente Dilma fez 'quase
tudo certo' no caso Pasadena. A publicação lembra, ainda, que ela foi a
primeira conselheira a levantar problemas na operação. Seu único erro
teria sido não determinar a abertura de sindicâncias logo depois de sua
posse como presidente da República – o diretor responsável pela operação
Pasadena, Nestor Cerveró, só foi demitido da BR Distribuidora nesta
sexta-feira.
O
que não condiz com o tom da reportagem, de certa forma ameno para a
presidente Dilma, é a capa, onde ela se afoga num mar de petróleo e até o
subtítulo informa que ela sofre 'por suas virtudes'. Veja, neste fim de
semana, parece reconhecer que tanto a presidente Dilma como a atual
presidente da Petrobras, Graça Foster, tentam combater o chamado
loteamento político do governo e das estatais.
Postado Por: Soares
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