Escalados
para o alto clero da Câmara dos Deputados, cinco presidentes de
comissões enfrentam processos na Justiça -- são acusados de crimes que
vão do desvio de recursos públicos até envolvimento no escândalo dos
sanguessugas (venda de ambulâncias superfaturadas).
Os
presidentes de comissão definem os debates temáticos, pautam votações e
pedidos de convocação de autoridades. Eles têm mais prestígio junto à
cúpula da Câmara e ao Palácio do Planalto.
Eleito para
comandar a Comissão de Finanças e Tributação, uma das mais disputadas, o
deputado Mário Feitoza (PMDB-CE) é investigado por suspeita de crime
financeiro. Ele e mais 17 pessoas foram acusados após intervenção do
Banco Central no Banco Mercantil em 1996, onde ele exercia o cargo de
diretor na área comercial.
Alvo
de ação penal no STF por conta da Operação Sanguessuga, Paulo Feijó
(PP-RJ) ficou com a Comissão de Agricultura. Ele é investigado por
corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e irregularidades em
licitações. Na Operação Sanguessuga, segundo a denúncia, a empresa Planan vendia ambulâncias superfaturadas para diversas prefeituras.
A Comissão de
Relações Exteriores ficou sob os cuidados de Eduardo Barbosa (PSDB-MG),
que enfrenta no STF um pedido de investigação sobre desvio de recursos
públicos.
Na Comissão
de Integração Nacional, Domingos Neto (Pros-CE) é investigado no STF por
crime eleitoral. Um vereador do Ceará publicou em um blog fotos fazendo
distribuição de alimentos e agradecendo o apoio de Neto. Ele nega
envolvimento no caso.
Na volta do
feriado Zequinha Marinho (PSC-PA) deve ser confirmado na chefia da
Comissão de Legislação Participativa. Ele é acusado de cobrar de 5% dos
salários dos funcionários do seu gabinete para o seu partido.
Postado Por: Soares
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