Um dia
depois de divergir publicamente de Marina Silva pela primeira vez, o
governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-PE), disse na sexta-feira
(29) que a falta de consenso sobre a formação de palanques estaduais com
a Rede já era uma situação esperada. “Nós fizemos a aliança em 5 de
outubro. Há um projeto em que priorizamos o País, mas já sabíamos que
iríamos conviver com algumas situações assim”, disse o governador depois
de participar de um evento com ruralistas em Curitiba.
Durante
um ato conjunto do PSB e da Rede na última quinta-feira (28) na capital
paulista, Marina defendeu diante de Eduardo o lançamento de uma
candidatura própria do PSB em São Paulo. O governador, que negociava o
apoio do seu partido à reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) antes da
entrada da ex-ministra na legenda, desconversou e disse que a prioridade
devia ser o projeto nacional. Questionado novamente sobre a situação no
Estado, Eduardo não quis opinar. O PSB paulista deseja ter a vaga de
vice na chapa do PSDB.
A desavença sobre o quadro político paulista causou o primeiro choque entre dirigentes do partido e “marineiros”. Reservadamente,
dirigentes da Rede dizem que diante da imposição de uma eventual
aliança do PSB com o PSDB em São Paulo, o grupo pode até fazer campanha
para um candidato de outro partido. No Paraná, o cenário é parecido,
pois a tendência do PSB é de apoiar a reeleição do tucano Beto Richa,
mas os aliados de Marina tentam lançar um nome próprio.
Postado Por: Soares
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