Com o prazo perto de expirar, muitas pessoas procuraram o Juizado Federal, nesta sexta-feira (28), para dar entrada no processo pedindo a correção das cadernetas de poupanças na época do Plano Collor II.
O último dia para acionar a Justiça é a próxima segunda-feira (31). O atendimento no local começa às 9h, e é importante lembrar que a ação na Justiça Federal é só para quem tinha conta na Caixa Econômica Federal. As ações dos outros bancos correm na Justiça Estadual.
A pessoa precisa provar que tinha poupança entre janeiro e fevereiro de 91. É que, nessa época, houve uma perda de rendimentos por causa do Plano Collor II. Toda essa procura é para buscar a correção de 21,87% no saldo que existia na conta. Como faz muito tempo, é normal não ter mais os extratos. O banco tem que fornecer a cópia ou a microfilmagem. De acordo com a assessoria de comunicação da Caixa Econômica, quem precisa de extrato microfilmado paga uma taxa de R$ 6.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
A juíza federal Danielle Cavalcanti explica quais os documentos necessários para entrar com a ação. “Para entrar com a ação solicitando a correção monetária da poupança basta que a pessoa tenha requerido ao banco e tenha a prova do requerimento desses extratos. Isso já é suficiente.” Ela conta ainda que, historicamente, os valores para este tipo de ação não são altos. “Essas indenizações variam muito. O valor delas pode ir de R$ 15, R$ 20 até R$ 20 mil, R$ 30 mil. Mas, a minha experiência, nesses anos de julgamento de planos econômicos, especialmente na poupança é de que os valores não são tão altos.
As pessoas vêm com a expectativa de receber uma bolada, digamos assim, e na prática, quando vamos efetivar a sentença e calcular o quanto teria sido devido, isso se reduz a R$ 1 mil, R$ 500. Então não há como se criar uma expectativa de altos valores, mas podemos dizer que os valores em médias dos planos passados não foram tão altos para a maioria das pessoas que entraram com ações.”
Postado Por: Soares
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