Veneziano Vital do Rego (PMDB) estava em João Pessoa ontem. Mesmo assim não encontrou tempo (nem disposição) de ir ao evento de lançamento de pré-candidatura ao Senado Federal do colega de partido, o deputado federal Wilson Santiago. Vitalzinho, outro deputado federal, colega de Santiago e pretenso candidato a senador, também não foi.
Diferentemente do governador Maranhão, que foi ao evento, discursou e cumprimentou cabos eleitorais de Santiago. Aliás, uma recepção pública muito diferente da que demonstrou quando Vitalzinho lançou-se na mídia pré-candidato ao Senado logo após a desistência de Veneziano compor a chapa.
No lugar de incentivos, no caso de Vitalzinho, Maranhão silenciou.
Claro que tudo ainda é muito novo, embrionário, mas não é exagero dizer que já começamos a sentir sinais de ciumeira. Não só da família Vital, mas de outras lideranças ligadas ao governador, a exemplo do ex-governador Roberto Paulino e do senador Roberto Cavalcanti.
A apreensão quanto a preferência de Maranhão por um nome específico ao Senado, seja ele Santiago, Manoel Júnior ou qualquer outro, se justifica por uma simples razão: a campanha para Senador começa teoricamente com a expectativa de só há uma vaga em disputa. Porque a outra já estaria reservada para o ex-governador Cássio, a exemplo do que aconteceu em 2002 com o próprio Maranhão.
Isso significa que qualquer sinal de preferência do governador por um dos dois nomes que vai lançar para o senado resultará em discórdia interna, no melhor estilo Wilson Braga e Efraim Morais em 2002.
Diante do ciúme interno, que corrói mais do que úlcera crônica, é provável que os dois candidatos ao Senado de Maranhão briguem mais entre si do que com os inimigos de fora. E, como dissemos, se houver preferência anunciada ou pressentida, a revolta poderá se voltar contra o próprio governador.
Por isso que Maranhão tem que se esforçar para evitar uma guerra no quintal da sua chapa. Terá que ser ator pra tratar os dois candidatos como se fossem dois irmãos gêmeos. Caso contrário, fará a campanha inteira tentando apagar fogo em casa.
Fonte: Luís Tôrres
Soares
Este post foi escrito por: Soares
Receba E-mail atualizações gratuitas !
Postar um comentário