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Beneficiada durante certo tempo pela disputa de duas famílias, Guarabira agora parou no tempo e clama pelo fim desse círculo vicioso


Não é a toa que Guarabira recebeu o majestoso título de ”Rainha do Brejo”. Porta de entrada dessa região e do Curimataú, ela polariza 32 municípios e é o centro comercial e educacional daquela redondeza.

Apesar do comércio pulsante e funil geográfico, Guarabira estacionou no tempo. Se comparada a Patos, é acanhada e ainda não teve o seu bom na construção civil, pois só agora parece que terá o primeiro prédio residencial com mais de cinco andares.

No aspecto industrial, tem um distrito modesto e, apesar de estar a 100 quilômetros de João Pessoa ou Campina, só consegue se destacar como pólo aviário.

O que falta a Guarabira é rodízio de poder. Perceba que fazem mais de três décadas que apenas duas famílias se revezam no poder, gerando acomodação, fadiga política. Paulinos e Toscanos deitaram em berço esplendido pela certeza de que estarão na seqüência de cada rodada. Fizeram disso um meio de vida.

Como as verbas graúdas são federais e Guarabira não tem um filho da terra lá, e quando teve Roberto pouco trouxe, fica sempre na dependência de um deputado de fora e tem elegido equivocadamente forasteiros da mala, que pagam pelo voto e se eximem de compromissos.

Hoje, Fátima é a prefeita, mas na próxima Zenóbio arrebatará a chave da PMCG e assim sucessivamente, como se o povo estivesse anestesiado e gostando desse Fla x Flu sem futuro e cujo placar ainda de plaquinhas estampa um brochante 0 x 0.

Zenóbio e Roberto fizeram alguma coisa por Guarabira, mas não são os únicos a querer fazer.

De outra parte, o estilo fechadão de Zenóbio faz dele uma hóstia consagrada, mas nunca um carreador de obras. Ele tem mérito por defender indenizações para quem foi perseguido e interrompido pela ditadura militar, mas um dia pode ser obrigado a indenizar os guarabirenses

por ter impedido o rodízio saudável e democrático de idéias e gestores na PMCG.

O jeitão manhoso de Roberto Paulino levou-lhe até a ser vice e governador, mas do ponto de vista prático a ausência de empreendedorismo e o estilo morto nas calças não deu impulso ao desenvolvimento que Guarabira precisava.

O filho Raniery vai na mesma batida. Não briga com ninguém, mas também não briga por ninguém, e, portanto, não briga por Guarabira.

Zenóbio é chamado de submarino, mas bom seria se seu apelido fosse trator. Ele na prefeitura é austero e sempre operoso, mas só com verba de FPM ninguém cresce e submarino monitora, torpedeia, mas não é navio de carga, não carreira.

A esperança é o surgimento de outra força independente capaz de quebrar esse maniqueísmo que tanto mal faz a cidade. Não que cada um há seu tempo não tenha feito muito.

Fizeram, mas passou. Guarabira parou no tempo por culpa dessas duas forças, mas também por conivência e acomodação de sua gente.

A propósito, Zenóbio Toscano não tem herdeiro e é um dos últimos políticos de uma linhagem que teve em Antonio Mariz o seu ápice. E às vezes percebo que Raniery Paulino é sincero demais para ser político.
Fonte: Luiz Torres
Soares
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Este post foi escrito por: Soares

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