O Campus Picuí do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), com cerca de um ano de funcionamento, já comemora uma vitória nacional. A instituição vai receber recursos de cinco Ministérios para formar um Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção de Orgânicos.
Os recursos foram liberados na última quarta-feira (30), pelos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Ciência e Tecnologia, da Educação, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário.
Em todo o país, 30 projetos foram aprovados, dentre 49 analisados. O dinheiro será usado na implementação de núcleos em instituições federais de 20 estados, com recursos de cerca de R$ 1 milhão. No IFPB, o projeto aprovado foi “Vivenciando o ensino, a pesquisa e a extensão em processos participativos na construção do conhecimento agroecológico”, que tem orçamento de R$ 61.900.
O projeto tem caráter interdisciplinar e multidisciplinar e pretende articular estudantes e professores do curso superior de Tecnologia em Agroecologia do Campus Picuí com os extensionistas ou agentes de assistência técnica e extensão rural das instituições governamentais e não governamentais, bem com os agricultores de Picuí.
“Queremos implantar e consolidar o Núcleo de Estudos, além de firmar parcerias com os setores agrícolas e ampliar o número de estudantes envolvidos com práticas de pesquisa”, destacou o coordenador do projeto, professor José Wilson Costa de Carvalho.
Serão adotadas, enquanto estratégias da proposta pedagógico-metodológica, cinco dimensões: Ensino contextualizado, Pesquisa participativa, Extensão e formação, Articulação em Rede, Sistematização e socialização de experiências.
Os objetivos do projeto são: articular e viabilizar a construção de parcerias em torno da agroecologia; proporcionar uma maior capacitação e interação do corpo docente e discente Campus Picuí do IFPB; inserir os estudantes do curso de Agroecologia na iniciação científica e na prática de metodologias participativas através da pesquisa participativa; construir novos conhecimentos científicos e tecnológicos na agroecologia; identificar e sistematizar os principais problemas tecnológicos, prioridades, lacunas, bem como as principais estratégias de base ecológica adotadas pelos agricultores no manejo dos seus agroecossistemas; contribuir para uma ação mais qualificada da extensão rural junto aos agricultores; potencializar a adoção de tecnologias de base mais sustentável pelos agricultores de Picuí e municípios adjacentes.
A expectativa é que o projeto aumente o número de parceiros envolvidos em torno da temática da agroecologia, desenvolvendo ações conjuntas ou em rede, assim como ampliar o entendimento dos valores, conceitos e benefícios da prática dos princípios da agroecologia, entre os diversos sujeitos envolvidos. Pretende-se também a ampliação do número de estudantes desenvolvendo pesquisas com metodologias participativas e desenhos sustentáveis de agroecossistemas, além da redução de insumos químicos e práticas agressivas no setor agrícola e o aumento da adoção de técnicas e tecnologias de base ecológicas por parte de agricultores em Picuí e municípios adjacentes.
Outro resultado esperado pelo projeto é elevar o número de experiências sistematizadas e trabalhos de pesquisa publicados em torno da agroecologia. O projeto é coordenado pelo professor José Wilson e conta com a equipe formada por Rodrigo Ramos, José Ronaldo Costa e Talita Freitas Filgueira de Sá, todos do IFPB, além de Alveriano Dias, da Emater-PB, Aguifá Lira Dantas, da Prefeitura de Picuí, e José Ranieri, da Ong CEOP. A proposta de implementar núcleos de pesquisa e estudo em agroecologia pretende transformar alunos, professores e membros da comunidade envolvidos em multiplicadores de uma nova postura com relação ao consumo e à produção de alimentos. Em todo o mundo, a produção de alimentos orgânicos movimenta US$ 50 milhões por ano e o Brasil está buscando investir mais na área.
Fonte: Assessoria
Postado Por: Soares
Este post foi escrito por: Soares
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