O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) tem dado ao seu mandato o perfil de como costuma fazer política. Nos últimos dias, participou de articulações sem se preocupar com a posição adotada pelo partido em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). O senador ajudou, por exemplo, a afundar a proposta de uma CPI mista no Congresso para investigar as denúncias de corrupção na Petrobras. Uma postura que levantou a hipótese de uma possível reaproximação do PT com os socialistas.
As articulações do senador, no entanto, estão sendo acompanhadas de perto pelos líderes do partido no estado. Ontem, o presidente estadual da sigla, Sileno Guedes, que comandou o II Seminário de Planejamento dos Segmentos do PSB, fez questão de destacar a presença do aliado no evento. “Concluímos a primeira etapa do planejamento e contamos com a presença do senador Fernando Bezerra, que passou toda manhã conosco, e do governador Paulo Câmara”.
Ao conversar com os jornalistas, depois da missa solene de apresentação do novo bispo auxiliar de Olinda e Recife, dom Antônio Tourinho Neto, Paulo Câmara também amenizou as movimentações de Bezerra Coelho, inclusive a possibilidade do senador disputar a presidência nacional do PSB.
“Isso é especulação. O mandato de Carlos Siqueira (atual presidente) vai até 2017. Acho que na política se conversar com tanta antecedência normalmente não acontece o que se espera. O que temos que fazer agora é apoiar Carlos Siqueira até o final do mandato dele. Na ausência de Eduardo (Campos), o PSB precisa se fortalecer e, dentro de suas convicções, se preparar para 2016 e 2018”. Câmara negou, inclusive, ter conversado com Bezerra Coelho sobre tais questões, mas frisou que o senador, na condição de vice-presidente do partido, tem total liberdade para conversar com as pessoas.
Postado Por: Soares
Este post foi escrito por: Soares
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