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Imagine depois da Copa Leia!


Carlos Brickmann

Preste atenção no dia 14 de julho. Não por ser aniversário da queda da Bastilha, na Revolução Francesa, nem pela tomada de Jerusalém aos muçulmanos, pelos cristãos da Primeira Cruzada. Mas será o primeiro dia após o final da Copa.

Teremos um Supremo sem Joaquim Barbosa, que se aposentou - homem áspero, cheio de defeitos, mas responsável por, pela primeira vez na História desse país, comandar o julgamento que mandou poderosos homens públicos para a prisão.

Devemos ter José Roberto Arruda como candidato a governador de Brasília, pelo PR - partido comandado, da Papuda, por Valdemar Costa Neto, condenado do Mensalão. Arruda é um pioneiro: foi o primeiro governador preso no exercício do mandato. Renunciou ao Senado, por violar o sigilo de votação. Perdeu o Governo, cassado, por decisão da Justiça. E está bem nas pesquisas eleitorais.

Teremos em São Paulo uma chapa com Alckmin governador, Márcio França vice, Serra senador. Alckmin e Serra não se gostam, nenhum dos dois gosta de Aécio, mas é o candidato dos dois à Presidência. Márcio França gosta de Alckmin, mas é do PSB, que apoia Eduardo Campos, não Aécio. Serra e Kassab gostam um do outro, mas acabaram tendo que disputar ao mesmo posto, o Senado; e, disputando também os mesmos votos, podem ajudar a reeleger Eduardo Suplicy, do PT.

O PT nem dá bola a seu candidato ao Governo, Alexandre Padilha, e discretamente está com Skaf, um líder patronal. Até mandou Maluf apoiá-lo.

Dia 14, após a Copa, o país pode estar feliz ou infeliz. Mas melhor não estará.
Postado Por: Soares
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Este post foi escrito por: Soares

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