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Mentiras e contradições Leia!

Carlos Chagas

Menos mal porque foi em Lisboa, do outro lado do Atlântico, mas o ex-presidente Lula demonstrou que não se emenda. Continua incorrendo nos mesmos erros, distorcendo a verdade, sem esquecer de afrontar instituições como o Supremo Tribunal Federal. Depois de lembrar que indicou seis de seus ministros, concluiu que “o mensalão teve 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica”. Pelo menos os seis foram ofendidos, ainda que os outros cinco também devam sentir-se atingidos. Reagirão?

O Lula repetiu, em entrevista à RTP, não ter havido mensalão. Acrescentou que o processo foi um massacre com o objetivo de destruir o PT, “só que não conseguiram”. Acusação grave contra os integrantes da mais alta corte nacional de Justiça. Por que pretenderiam os doutos ministros destruir o PT?

Na verdade, os que tentaram e estão conseguindo são os próprios companheiros. Sucedem-se as denúncias de corrupção, as mais recentes envolvendo a Petrobrás e o ministério da Saúde. Um de seus líderes renunciou à vice-presidência da Câmara imaginando não ser cassado, coisa que mesmo assim acontecerá em breve. Faltam candidatos a governador capazes de chegar à vitória, assim como aproxima-se a sombra da perda da condição de maior bancada na Câmara.

A grande contradição ficou para o final. Pela milésima vez declarou não ser candidato a nada, em outubro. Prefere trabalhar pela reeleição de Dilma Rousseff. Mas completou “que em política a gente nunca pode dizer não”, quando indagado se substituiria a presidente-candidata. Deixou sinal inequívoco de estímulo ao “volta Lula”.

Fica difícil decifrar o que vem por aí nos próximos cinco meses. Dilma ainda mantém a pole-position mas continua caindo nas pesquisas tanto como presidente quanto como candidata. Tem contra ela parcela cada vez maior do PT, ao tempo em que os partidos de sua base começam a abandonar o navio. Ontem foi o PR, antes havia sido o PSB. O PTB está a um passo de pular fora.

A troca de Dilma por Lula exigirá intrincada manobra. Não poderá acontecer a frio, ainda que dúvidas inexistam: se o antecessor manifestar desejo ou necessidade, a sucessora aceitará tranquilamente. Seu sentimento de lealdade não admite resistência. Talvez por isso, até hoje, não se tenha ouvido dela uma única afirmação de que “é candidata”. 

Claro que é, encontra-se em plena campanha, mesmo sem reconhecer, já que a lei a proíbe. Por via das dúvidas, porém, ainda não se pronunciou.
Postado Por: Soares
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Este post foi escrito por: Soares

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