De
30 dias para cá, Dilma e Renan têm estado cada vez mais próximos. E,
além dos encontros públicos as conversas reservadas têm sido cada vez
mais frequentes. Nelas, os dois parecem ter formado um consenso: o
governador pernambucano Eduardo Campos, do PSB, será mesmo candidato ao
Palácio do Planalto em 2014 e essa condição seria incompatível com a
preservação de tantos espaços na máquina pública federal.
Os sinais de
que Dilma exigirá a devolução dos cargos são cada vez mais intensos e,
neste domingo, o ex-ministro Roberto Amaral, vice-presidente do PSB, deu
a senha para o desembarque, ao afirmar que 'não seria tragédia sair do
governo Dilma'
O
rompimento definitivo só não aconteceu ainda por pressão do
ex-presidente Lula, que ainda acredita num recuo – cada vez mais
improvável – de Campos. No entanto, no diagnóstico traçado por Dilma e
Renan, há a percepção de que a presidente precisaria reforçar sua
artilharia no Nordeste. E é lá que se concentra a principal zona de
influência do PSB no governo federal.
O QUINHÃO DO PSB NO GOVERNO
Além
do ministério da Integração Nacional, comandado por Fernando Bezerra
Coelho, o PSB tem a Secretaria Nacional dos Portos, com Leônidas
Cristino, a poderosa empresa de energia Chesf, comandada pelo engenheiro
João Bosco, a Sudene, chefiada por Luiz Gonzaga Paes Landim, e a
Sudeco, liderada por Marcelo Contreiras de Almeida Dourado.
Todos
esses cargos estão no radar do PMDB, que promete fortalecer a
candidatura Dilma no Nordeste. Essa articulação passa diretamente pelo
senador Renan Calheiros, que deve indicar até o novo ministro da
Integração Nacional. Seria Luciano Barbosa, ex-prefeito de Arapiraca
(AL) (para ser mais, leia reportagem do Alagoas 247).
Postado Por: Soares
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