CARLOS CHAGAS
Na tarde de
quinta-feira, no Senado, um novo argumento foi utilizado pelo presidente
Renan Calheiros para obter a aprovação rápida da medida provisória dos
Portos: a necessidade de muitos de seus colegas não perderem os vôos das
20 horas para seus estados.
Quase perderam, apesar de não estarem mais
em Brasília, na sexta-feira, a maioria dos 53 senadores que votaram a
favor, os 7 que votaram contra e os 5 que se abstiveram.
Já o senador
Cristóvam Buarque vaticinou que se a votação da medida provisória, no
Senado, demorasse um pouco maiôs e passasse da meia-noite, dúvidas
inexistiriam:
Os relógios seriam atrasados. Não se trata de novidade,
porque dia 23 de janeiro de 1967 o presidente do Congresso, Auro de
Moura Andrade, atrasou em 12 horas os relógios do plenário para que a
nova Constituição pudesse ser votada, sob pena de prevalecer um texto
ditatorial.
O então presidente Castello Branco soube do expediente, mas
não tomou providências, comentando que o projeto do Congresso era melhor
do que o dele.
Será que a presidente Dilma se acomodaria ao atraso dos relógios do Senado, se tivesse acontecido?
Postado Por: Soares
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