O Globo
Há
13 anos como funcionário do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, o
advogado Maurício Bitencourte, de 40 anos, finalmente havia conseguido
em 2006 uma promoção à coordenação do departamento jurídico da entidade
sindical.
A
permanência no posto, contudo, durou apenas um ano. Em 2007, o
profissional, pós-graduado em Direito do Trabalho, foi internado em uma
clínica de reabilitação. Na época, misturava cocaína e maconha com
bebidas alcoólicas.
Em
2010, após mais duas internações, foi demitido e começou a consumir
diariamente o crack, que era trocado por ternos, camisas, sapatos e um
televisor. Com o irmão, Luiz Carlos Bitencourte, consumia o crack nos
fundos da casa da mãe.
Mês
passado, os dois, agora desempregados, conseguiram acesso ao
auxílio-doença, entrando numa assombrosa estatística do governo: o
consumo de drogas no país cresce a cada ano, e, hoje, cocaína e crack já
afastam, em relação ao álcool, mais que o dobro de trabalhadores do
mercado profissional.
Postado Por: Soares
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