O deputado federal e presidente do diretório municipal do PMDB de
João Pessoa, Benjamin Maranhão, participou ontem à noite do comício
realizado pelo candidato do PT à prefeitura da capital paraibana,
Luciano Cartaxo, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, em Mangabeira. Antes do evento, ele conversou com a imprensa e
falou sobre a crise estabelecida em seu partido por causa da sucessão no
diretório estadual. O sobrinho de José Maranhão se declarou surpreso
com a inscrição de uma chapa de oposição ao ex-governador e criticou a
composição do grupo encabeçado oor Wilson Santiago e Manoel Júnior:
Estou surpreso. A chapa que queríamos formar era para incluir
todos os deputados estaduais e federais e isso não aconteceu, no final
das contas. Apresentaram uma chapa que excluía Veneziano, José Maranhão,
Roberto e Raniery Paulino, Francisca Motta, Ivaldo Morais, que vai
assumir agora, além de Márcio Roberto. Além disso, algumas pessoas
tiveram o nome incluído na chapa sem terem sido ouvidas. Espero agora
que com a suspensão do processo as pessoas se acalmem e analisem o que é
melhor para o partido, que é a unidade. Não se pode constituir um
diretório estadual sem incluir as duas maiores lideranças do partido:
José Maranhão e o prefeito Veneziano.
Na defesa que fez de José Maranhão, Benjamin disse que não havia
desonra no fato de o tio ter perdido a eleição em João Pessoa e comparou
o episódio ao passado de Lula:
Campanha se ganha ou se perde. Não há desonra em perder. Ninguém
teve mais insucessos e sucessos eleitorais que Lula. Lula perdeu quatro
eleições para presidente da República e tinha gente no PT que em 2002
queria expulsá-lo do partido ou colocar um candidato mais jovem e
falante. Isso não prevaleceu. Ele foi candidato e venceu. Não se pode
menosprezar as lideranças e achar que por causa de um insucesso que
aquela liderança não tem força.
A entrevista foi concedida ao repórter Dênis Coelho, da Nova Tambaú FM.
Postado Por: Soares
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