Dilma decepciona dissidentes
A postura em cima do muro da presidenta Dilma em relação aos direitos humanos na visita a Cuba não agradou aos dissidentes cubanos nem aos opositores do regime ditatorial. Foi tachada de hipócrita quando defendeu um amplo debate sobre a situação dos detentos de Guantánamo.
É possível e admissível ser contra o embargo americano, contra a situação dos presos em Guantánamo e contra a repressão em Cuba. O comentário não ficou a altura da história política da presidente. Ela sofreu na pele a repressão no Brasil quando combateu a ditadura militar e é uma lutadora em prol da liberdade.
Mas tratar um tema direitos humanos com igual distanciamento e frieza só contribuiu para frustrar a expectativa gerada pela sua visita. O que se esperava, na verdade, por parte dela, era algum tipo de retratação do governo brasileiro depois que o então presidente Lula comparou, durante visita ao País em 2010, a situação dos prisioneiros políticos com a de detentos comuns.
O tema de direitos humanos é universal, mas deve ser abordado sem exclusões. Infelizmente, a presidente Dilma, vítima da tortura no Brasil quando militante de esquerda, preferiu olhar para outro lado, no lugar de observar a triste situação do povo cubano, massacrado pela violenta ditadura de Fidel há 53 anos.
PEGOU MAL– A presidente Dilma disse que ninguém pode atirar a primeira pedra em se tratando de direitos humanos. “Concordo em falar do tema sob uma perspectiva multilateral”, afirmou. Segundo a presidente, o assunto não pode servir de arma de combate ideológico. Quando disse que todos os países têm telhado de vidro em relação a direitos humanos, Dilma quis atingir os Estados Unidos, mas acabou defendendo o indefensável: a repressão cubana.
'O presente é, aos olhos dos que o recebem, como pedra preciosa; para onde quer que se volte servirá de proveito'. (Provérbios 17:8)
Postado Por: Soares
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