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Quando um telefonema vale mais que um mandado judicial: Polícia Militar tenta invadir sede do Jurídico de Ricardo sem ordem da Justiça Leia!


Os moradores da pacata avenida Minas Gerais, no Bairro dos Estados, foram surpreendidos na noite deste sábado com uma movimentação pouco comum ao local, visto que a rua passa por trás do cemitério Santa Catarina, onde a vizinhança dorme o sono eterno.

Oito viaturas da Polícia Militar, homens do Batalhão do Choque e do Gate se posicionaram em frente à sede do escritório jurídico da coligação Por Uma Nova Paraíba, encabeçada pelo PSB, a fim de invadir o local, como se estivessem numa operação para acabar com o narcotráfico na Rocinha.

Atendiam à solicitação feita pelo jurídico da Coligação Paraíba Unida, do PMDB de José Maranhão, conforme atestaram os próprios advogados do PMDB, entre eles, Carlos Fábio Ismael, Fábio Brito, Pedro Pires e um desses “Vitas” da vida, em entrevista ao signatário deste blog, que esteve pessoalmente no local.

Segundo os advogados, havia indícios de crime eleitoral uma vez que o escritório funcionava depois das 22h. Nada demais se não fosse por um só detalhe: os policiais não tinham um mandado judicial sequer, nem recomendação do Ministério Público Eleitoral, para invadir o escritório de advocacia do PSB.

“Isso é um flagrante desrespeito ao livre exercício da advocacia e, pior, ao Estado Democrático de Direito”, protestava aos gritos o advogado Ricardo Sérvulo, coordenador jurídico da Coligação Por Uma Nova Paraíba.

O instrumento da ordem judicial também faltava aos fiscais da Justiça Eleitoral que foram chamados ao local. Tanto que eles somente entraram no escritório com a anuência dos advogados do PSB. E de lá saíram sem nada encontrar que justificasse a denúncia. “Só entramos a convite e nada constatamos”, disse Marco Aurélio, ao sair do escritório.

Para confusão que se formou entre os advogados de Ricardo os advogados de Maranhão, foi necessária a presença do presidente da OAB da Paraíba, Odon Bezerra, que mesmo licenciado do cargo, se prontificou a apaziguar o assunto. Ele chegou e, em conversa com o Coronel Américo, responsável pela operação, dispersou os policiais e os advogados de Maranhão.

A contenda só foi encerrada no início da madrugada deste domingo. Na sede jurídica do PSB, o que tem de mais grave são inúmeras ações contra o governador José Maranhão (PMDB) acusando-o de abuso do poder econômico e político.

O que mais chamou a atenção, no entanto, é que, quando indagados pelos jornalistas, tanto os fiscais da Justiça Eleitoral quanto o Coronel Américo davam respostas que não condiziam com as dos advogados do PMDB. Os fiscais disseram que foram ao local apenas para “acalmar os ânimos” dos integrantes da contenda. Já o Coronel Américo se recusou a dar entrevistas e quando falou declarou apenas que estava no local apenas porque recebeu denúncias que dois oficiais da PM haviam agredido um soldado.

O quê? Isso mesmo. Coronel Américo saiu com essa resposta, baixou as armas e saiu do local, certamente mais envergonhado do que chegou.

Ou seja, com apenas telefonemas, os advogados de José Maranhão conseguiram colocar praticamente metade da Polícia Militar da Paraíba e ainda cerca de dez fiscais da Justiça Eleitoral para invadir um escritório de advogados sem ter um mandado judicial.

A Paraíba deve ser o único local do Brasil em que um telefonema vale mais do que uma ordem judicial.

Isso atenta contra a segurança jurídica do cidadão. Contra o equilíbrio do pleito. E, especialmente, contra a dignidade da Polícia Militar da Paraíba. A maioria dos policiais entra na PM para defender a sociedade no geral. E não os interesses particulares de poucos indivíduos.

Quanto aos advogados, nunca se viu tanto abuso contra à categoria como nestas eleições . Prisões, explosão de bombas e invasão a escritórios. A Ordem dos Advogados do Brasil tem a obrigação de coibir quaisquer atos dessa natureza. Sob pena de perder por completo, num futuro próximo, todo e qualquer respeito das instituições públicas.

E da própria sociedade.

P.S: Detalhe: o secretário de Turismo do Estado, Diego Tavares, também estava no local, acompanhando tudo de dentro de um "carrão", vigiado pessoalmente por oficial da PM. Certamente, turismo é que não estava fazendo aquela hora da noite, por trás de um cemitério. Fonte: Luís Tôrres
Postado Por: Soares
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Este post foi escrito por: Soares

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