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Produtos da Paraíba disputam selo de excelência Leia!
Arroz vermelho do Vale do Piancó, renda renascença de Monteiro, coco de Sousa, cachaça do Brejo, carne de sol de Picuí, frutas cítricas da Borborema, queijo de coalho de Boa Vista, algodão colorido e abacaxi. O reconhecimento que esses produtos já têm da maior parte da população pode ser oficializado com um selo de procedência – a Indicação Geográfica (IG).
Esse selo pode beneficiar 32.300 produtores, agricultores e artesãos só em quatro projetos já confirmados, valorizando os produtos em no mínimo 20% e até dobrando o volume de produção no campo. Em outubro, o algodão colorido da Paraíba deve ser o 1º produto do Nordeste e o 7º do país a conseguir o selo.
Para discutir alternativas e definir os parâmetros da obtenção deste selo, João Pessoa sediará, de amanhã até quarta-feira, o II Seminário Internacional de Indicação Geográfica. O evento, que será realizado no Shopping Sebrae, contará com pesquisadores de todo o país e representantes das Nações Unidas e da França.
A Paraíba foi selecionada para receber o Seminário – é a primeira vez que o evento acontece fora do Sul e Sudeste – em função do grande potencial de suas regiões produtoras para ganhar a IG. A certificação já está sendo solicitada para o algodão colorido, o arroz vermelho de Piancó, a renda renascença de Monteiro e o coco de Sousa.
Controle de qualidade
Segundo Manuel Silveira, que coordena o Fórum de Indicações Geográficas da Paraíba, esses quatro produtos já contam com projetos em fase avançada. No caso do algodão colorido, a documentação já foi encaminhada ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e a previsão é que a certificação seja instituída em outubro, conforme Maísa Gadelha, que preside a CoopNatural – a entidade solicitou a IG e vai dar a chancela na Paraíba. Já o arroz, a renda e o coco devem receber o selo até o final de 2011, conforme Silveira.
Silveira destaca que o controle de qualidade garantido por este selo possibilitará um reconhecimento internacional aos produtos e um incremento de aproximadamente 20% em seu valor final no mercado externo. Mais otimista, um dos responsáveis pelo projeto na Faepa, Domingos Lélis, estima que, no caso do arroz vermelho, que é vendido por R$ 2 nas feiras livres do Sertão, o preço final possa quadruplicar, chegando a R$ 8, após a conquista do selo.
Certificado garante pontos na exportação
O algodão colorido da Paraíba está prestes a se tornar o primeiro produto nordestino com certificado procedência. “Para se ter uma idéia do que isto representa, basta dizer que países como a França só importam produtos com indicação geográfica”, afirma a presidente da CoopNatural, Maísa Gadelha. A cadeia produtiva do algodão colorido gera em torno de 10 mil postos de trabalho na Paraíba, segundo informações da Embrapa.
“Estamos prevendo que o selo deve sair daqui a um mês. Já recebi, inclusive, uma sinalização do Inpi. Este selo é de fundamental importância não só para a cadeia produtiva do algodão colorido, mas para a Paraíba inteira. Nós vamos começar a referenciar o produto para o mundo. Hoje, todo mundo está correndo para fazer isso porque é exigência do mercado externo. Todas as pessoas que trabalham são potenciais usuários do selo”, revelou Maísa Gadelha.
Segundo ela, o Estado será o primeira do Nordeste a ter uma IG. No Brasil apenas seis produtos contam com o selo de indicação geográfica: Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, com a produção de vinhos, a Região do Cerrado Mineiro, com o café, o Pampa Gaúcho da Campanha Meridional, com a produção de carnes, Paraty, com a cachaça, o Vale dos Sinos, com a produção de couro acabado, também no RS, e o Vale do Submédio São Francisco, com o plantio de uvas de mesa e mangas.
Projetos da PB custam R$ 715 mil
Só nos projetos pela obtenção da indicação geográfica para o algodão colorido, renda renascença de Monteiro, arroz vermelho do Vale do Piancó e do coco de Sousa estão sendo investidos R$ 715 mil. Os recursos são utilizados na contratação de consultorias especializadas em IG, além da capacitação dos produtores e melhorias na produção.
De acordo com Manuel Silveira, foram investidos R$ 200 mil no projeto do algodão colorido, outros R$ 160 mil no do arroz vermelho e no do coco devem ser investidos R$ 250 mil. Já no projeto da renda renascença, que está iniciando, a previsão é de um investimento de R$ 150 mil, segundo Verônica Ribeiro, responsável pela elaboração do projeto no âmbito do Sebrae. Fonte: com Correio.
Postado Por: Soares
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