Após seis meses de intensas trocas no segundo escalão, a presidenta Dilma Rousseff pretende a partir de agora reduzir o ritmo de mudanças. Interlocutores da presidenta consideram que as alterações no comando do fundo de pensão Previ e no próprio Banco do Brasil encerram um ciclo que redundou na substituição de vários nomes políticos por técnicos.
O objetivo é evitar que o clima com os partidos aliados piore mais. A presidenta considera que ainda há substituições necessárias, mas deve deixar para o fim do ano, para depois das eleições.
O caso que provocou maior indignação entre governistas foi o da Petrobras. Assim que trocou José Sérgio Gabrielli pela técnica Maria das Graças Foster, Dilma deu liberdade para a nova presidenta. Graça então trocou três vice-presidentes que há anos estavam na cúpula da estatal, apoiados por caciques políticos: Paulo Roberto Costa, da diretoria de Abastecimento, era apoiado pelo PP e considerado intocável até por petistas; Renato Duque, da de Serviços, que era do PT; e Jorge Zelada, da Área Internacional, que servia ao PMDB.
O movimento revoltou os partidos. As mudanças no segundo escalão, no entanto, são calculadas. A presidenta sabe que não há no curto prazo questão relevante a ser votada e que sua popularidade ainda está em alta.
Postado Por: Soares
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