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TRÁGICO DESTINO: História de três jovens da capital mostram como cresceu mortes de mulheres em JP Leia!


Aryane Thaís, 22 anos, Jheny Penélope, 20, e Vanessa Maria,19, eram garotas com perfis bem diferentes umas das outras.

Eram jovens, bonitas e independentes. Ao seu modo, cada uma aproveitava a idade de poucas responsabilidades para divertir-se com amigos e namorados pelas noites da capital. Aryane Thaís, 22 anos, Jheny Penélope, 20, e Vanessa Maria,19, eram garotas com perfis bem diferentes umas das outras. Mas foram vítimas de uma violência que tem castigado muitas famílias em nosso estado.

Morreram durante a noite e em circunstâncias ainda misteriosas, envolvendo namorados ou companheiros de relacionamentos não estáveis. O poder público tentou garantir a segurança delas, mas só o acompanhamento diário dentro de casa poderia impedir que elas fossem transformadas em estatísticas.

O destino de Aryane Thaís mudou de direção quando, na noite do dia 14 de abril, encontrou-se com o pai do filho que ela esperava, Luís Paes de Araújo Neto.

Desde então, ela não voltou para casa. Esta foi a última vez que foi vista com vida. No dia seguinte, foi encontrada morta por estrangulamento em um matagal às margens da BR-230, na capital.


Também em um matagal, no dia 21de julho, foi encontrado o corpo de Vanessa Maria. É o que acredita a polícia e a família da estudante, ao ver as roupas dela no corpo encontrado.

Ela foi vista pela última vez na companhia dos amigos, quando voltava para casa, no bairro de Jaguaribe. Vanessa voltava de uma noite de sábado pelos bares da orla de João Pessoa, na região do bairro de Tambaú conhecida como "feirinha".

A última noite de Jheny Penélope foi também regada a bebidas. Mais que isto, seu parceiro informou que durante a noite consumiram energéticos e cocaína.

A polícia ainda investiga a causa da morte que aconteceu dentro de um motel no bairro do Cristo, no dia 15 de julho.

Mas Jheny sabia o que fazia, deixou para trás um filho de três anos que sempre morou com a mãe e um companheiro com quem não era casada.


Entre as três, apenas Aryane Thaís faz parte das 27 mulheres mortas este ano, segundo dados da Organização Não-Governamental 8 de Março. A estatística leva emconsideração apenas vítimas de crimes passional, em que a mulher é vitima da violência praticada pelo companheiro. No caso de Aryane, o acusado do estrangulamento de que ela foi vítima é o estudante Luís Paes de Araújo Neto, de quem ela esperava um filho.

Se a quantidade de assassinatos cometidos desta forma no primeiro semestre de 2010 repetir-se no segundo semestre, a Paraíba vai superar os número de 2009. No ano passado, 46 mulheres foram mortas por maridos ou companheiros, segundo os dados do 8 de Março. Até o mês de junho deste ano, 27 casos de assassinato foram registrados. A coordenadora do banco de dados do 8 de Março, Joyce Borges, explica que estes números consideram apenas os casos divulgados na imprensa. "Os dados oficiais podem mostrar uma realidade mais preocupante", destaca Joyce.

A fé como consolo

O apego à religião e aos parentes é o caminho encontra que os familiares destas jovens possuem para superar a perda. As três mulheres que pontuamos no texto receberam celebrações religiosas após a morte. Para a família de Vanessa Maria, a situação foi ainda mais complicada. Pois, mesmo com a certeza de que é dela o corpo encontrado no dia 21 de julho em Jaguaribe, não sabem quando Vanessa foi morta. Na missa rezada sete dias depois do aparecimento do cadáver, a avó da estudante caminhava amparada por Fernanda Simone, prima de Vanessa, e que resumiu o desejo da família: "A gente só quer que ela encontre seu caminho".

Para Jéssica Carneiro de Brito, a conformação com a perda de Jheny Penélope, de quem era irmã, é maior do que a vontade de encontrar um responsável. "É o que nos resta, entregar a vida dela nas mãos de Deus", lamenta. Jéssica não sabe como está o andamento do inquérito que investiva a morte da irmã. Sobre o laudo que poderá atestar a causa da morte, Jéssica se coloca indiferente e afirma que o único sentimento que poderão sentir será saudades.

Este não é o caso da família de Aryane Thaís, que clama providências das autoridades. Cartazes foram distribuídos pelas ruas da cidade pessoalmente pela mãe da estudante, Hipernestre Carneiro, com frases cobrando justiça. O acusado do crime é Luís Paes de Araújo Neto, de quem Aryane esperava um filho e que foi acusado formalmente do estrangulamento que vitimou a estudante no dia 14 de Abril deste ano. Mas, desde a morte de sua filha, Hipernestre demonstra seu apego à religião e à certeza de que a justiça será feita na terra e no céu.

Ciúmes como motivador

Mensalmente, são registradas entre 100 e 150 ocorrências, desde homicídios a agressões, contra mulheres nas delegacias especializadas em toda Paraíba. De acordo com a delegada titular da Coordenadoria das Delegacias da Mulher, Conceição Casado, a violência está em todas classes sociais e as mulheres são as maiores vítimas.

As mulheres tem um vínculo maior nos seus relacionamentos e muitas vezes preferem conviver com a violência do que terem os maridos presos. Segundo a delegada, há mulheres que vão à delegacia apenas para receber informações e instruções, são raros os casos em que denunciam seus companheiros. "Elas vem pra delegacia pedir pra a gente dar 'um susto' neles, sem levar eles presos, mesmo sendo agredidas dentro de casa", exemplifica a delegada.

Os motivos para tanta violência são diversos. Segundo Joyce Borges, do 8 de Março, o ciúme dos companheiros e a ideia de posse são alguns dos motivadores da violência.Fonte: Jornal o Norte
Postado Por: Soares
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Este post foi escrito por: Soares

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