Em pleno século XXI, Paraíba mostra que ainda não se livrou da influência das oligarquias
A classe política da Paraíba admite na prática que o exercício de cargos públicos deve obedecer o princípio do parentesco. Políticos conhecidos no cenário estadual lançaram nesta eleição mãe, irmãos e filhos para ocupar espaços.
O deputado federal Wellington Roberto sonhava em disputar uma vaga de senador da República. Dessa vez não deu, mas ele procurou ampliar o seu poder articulando apoios para a reeleição e lançando o filho Caio para a Assembléia Legislativa.
O senador Efraim Morais (DEM) já havia feito operação parecida. Eleito senador, ele entendeu ser preciso garantir a vaga que lhe pertencia na Câmara Federal: escolheu Efraim Filho.
Engenharia semelhante tentam os deputados federais e candidatos ao Senado, Wilson Santiago e Vitalzinho. Ambos arriscaram o mandato, mas buscaram formas de garantir pelo menos a manutenção dos cargos nas mãos de gente bem próxima. Wilson lançou Wilson filho e Vitalzinho a mãe, Nilda Gondim.
Rômulo Gouveia (PSDB) aceitou a missão de ser candidato a vice-governador na chapa de Ricardo Coutinho (PSB). Ele abdicou do direito de dispuar a reeleição de deputado federal, mas lançou a esposa, Eva Gouveia (PTN), para o Legislativo da Paraíba.
O governador José Maranhão (PMDB) tem dois sobrinhos na política. Olenka e Benjamim (ambos do PMDB) estão novamente na disputa. Ela pela reeleição e ele na luta para voltar ao Congresso.
O candidato ao Governo do Estado, Ricardo Coutinho, chegou a cogitar a entrada do irmão, Coriolando Coutinho, na disputa política deste ano. A idéia não prosperou.
O ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) está ameaçado pela Justiça Eleitoral de impedimento de disputar o Senado. O plano B é alguém de sua intimidade: a ex-primeira dama, Sílvia Cunha Lima. Detalhe: o segundo suplente do tucano é o tio, Ivandro Cunha Lima. Fonte: Mais PB
Postado Por: Soares
Este post foi escrito por: Soares
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