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PAI HERÓI: Pequena crônica para pedir desculpas atrasadas ao meu pai pelo que deixei de fazer por não saber que a vida não tem marcha a ré Leia!


Se meu pai estivesse vivo eu o levaria para tomar água de côco em uma dessas barraquinhas da praia de Tambaú, pois o domingo amanheceu de sol e nada melhor do que vadiar com o pai jogando conversa fora no calçadão.

Fiz pouco isso em vida e aproveito a força desse blog para pedir aos filhos que vivam o máximo dessa relação com os pais, pois de uma hora para outra um dia vão descobrir que ele se foi.

Se meu pai estivesse vivo eu levaria ele lá na Bica só para retribuir as vezes que me levou para dar pipoca aos macacos, pois ao me ensinar a conviver bem com os animais me preparou para selva que iria enfrentar.

Cresci e deixei o tempo me iludir com a balela de que um dia sobraria tempo e eu e meu pai poderíamos finalmente reviver aqueles momentos inesquecíveis da infância, mas o tempo só anda pra frente.

Se meu pai estivesse vivo levaria ele para fazer trilha no meu 4x4 e devolveria a ele sensações que me deu na juventude quando liberou pela primeira vez a chave de sua Brasília amarela, mesmo sofrendo antecipadamente com medo de eu me envolver em um acidente.

Acelerei a vida e cedo demais, explodi portas e deixei o meu pai esperando por mim na calçada, olhar cada vez mais distante, o tempo passando, a velhice chegando e com ela a canção da despedida.

Ele devia ter me dito logo que a vida não tem marcha à ré, pois se eu soubesse teria reservado ao menos uma hora de cada dia de minha vida para brincarmos de pai e filho.

Desculpa aí paizão! No reencontro, prometo que vai ser diferente.
Postado Por: Soares
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Este post foi escrito por: Soares

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